sexta-feira, 10 de julho de 2020

A Folia de Reis na memória macaense: um resgate da memória.


Folia de Reis

“Anda meio esquecido, mas é dia da festa de Santo Reis”. A manifestação folclórica presente na música de Marcio Leonardo, cantada por Tim Maia, teve início no Brasil com a chegada de Portugal na época da colonização. Essa festividade teve origem na península ibérica, onde as festividades natalinas se estabeleceram como reisado, tirando o destaque do nascimento de Jesus e focando nos Reis magos que foram visita-lo. Ao chegar no nosso país, essa cultura recebeu influências africanas e indígenas e se tornou a festa hoje presente em grande parte do nosso extenso território, tendo adquirido ao longo dos anos alterações de um Estado para outro. A festividade comemora a ida dos três reis magos, Melchior, Gaspar e Baltazar, ao encontro de Jesus no seu nascimento.

De acordo com a historiadora Cascia Frade, os devotos fazem promessas de naturezas diferentes aos Santos Reis e, ao obter a graça, a pessoa tem que integrar ou organizar a folia por no mínimo sete anos. Esses detalhes variam de acordo com a promessa feita por cada um. Tradicionalmente era feita apenas por homens, mas, ao passar dos anos, a folia foi dando lugar para as mulheres que queriam participar na apresentação. O grupo é formado pelo Mestre e Contramestre, quem organiza a folia; o Bandeleiro, que seria o porta-bandeira; os Palhaços, pessoas fantasiadas que representam os soldados do rei Herodes e que animam a festa com suas danças e declamações; o Coro, que cantam e tocam músicas ligadas a religião católica e os três reis, pessoas fantasiadas dos magos.

Figura 1- Palhaços da Folia
Fonte: Elisângela Leite




 Os uniformes produzidos são coloridos e enfeitados com adereços brilhantes, e os palhaços usam fantasias grandes e chamativas com máscaras assustadoras. Uma parte especial da festividade é a bandeira, que recebe beijos e reverências durante a apresentação. Esse símbolo da folia geralmente é feito de papelão e decorado com figuras que relembram o menino Jesus, cruzes, fitas, flores e tecidos. As músicas são acompanhadas de violas, violões, sanfonas, pandeiros, triângulos, caixas e instrumentos de corda. Na chegada, o Mestre pede permissão ao dono da casa para entrar, que recebe o grupo com comida; após terminada a apresentação, os integrantes se despedem e agradecem a hospitalidade, partindo para o próximo destino.

Assim como grande parte das manifestações folclóricas, a Folia de Reis está diretamente ligada a solidariedade e ao vínculo de irmandade da população. Essa festividade vem lutando contra o esquecimento cultural, assim como várias outras tradições folclóricas. Antes era passada apenas de pai para filho, porém hoje já existem escolas de folias de reis, para incentivar o interesse dos jovens, que têm a chance de passar essa tradição sociocultural à frente. Segundo Hevalcy, mestre e também presidente da Associação de Folia de Reis do Rio de Janeiro (AFRERJ) a associação tem como objetivo manter viva e conseguir o reconhecimento da folia como cultura brasileira. Ele diz que continuar a tradição é uma vitória, pois os gastos são pagos dos próprios bolsos, mas que quando está na folia tem o sentimento de participar de algo gratificante.

Figura 2- 1º Festival de Folia de Reis de Macaé.
Fonte: Site da Prefeitura de Macaé.


Existem registros que indicam que a nossa cidade comemorou a folia desde a década de 70, mas foi descontinuada nos anos 90, tendo sido feita a última apresentação em 1994. Contudo, em 2012, um grupo de amigos, em sua maioria músicos, decidiu resgatar a tradição na cidade. Jean Macaé iniciou um intenso trabalho de pesquisas e ensaios até reativar a folia. Segundo ele, resgatar a folia de reis é recuperar a identidade cultural do nosso município. Jean conta que o material para as apresentações vem de doações e muitos instrumentos ainda estão em falta, uma vez que usam o material emprestado. O grupo se transformou em projeto social sem fins lucrativos, que ensina crianças das comunidades locais a tocar os instrumentos e levar à frente essa festividade folclórica que se tornou parte da identidade cultural da cidade de Macaé e do nosso país.

Por Alice Schelles


Bolsista do Centro de Memória - campus Macaé
IFFluminense


Referências


G1 Região dos Lagos. Festival de Folia de Reis percorre ruas de Macaé, RJ, no sábado. G1, Macaé, 19 nov. 2014. Disponível em: http://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2014/11/festival-de-folia-de-reis-percorre-ruas-de-macae-rj-no-sabado.html. Acesso em: 29 jun. 2020.

CARVALHO, Marilene. Folia de Reis percorre ruas da cidade no próximo sábado. Prefeitura municipal de Macaé, 18 nov. 2014. Disponível em: http://www.macae.rj.gov.br/noticias/leitura/noticia/folia-de-reis-percorre-as-ruas-da-cidade-no-proximo-sabado. Acesso em: 29 jun. 2020.

MAPA de cultura RJ. Folia de Reis jornada Tradição do Oriente. Mapa de cultura RJ, [s. l.],  [2012?]. Disponível em: http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/folia-de-reis-jornada-tradicao-do-oriente. Acesso em: 29 jun. 2020.

MELO, Jorge; EUCLIDES, Hélio; LEITE, Elisângela. A tradição da Folia de Reis. Maré de notícias online, [s. l.],  2 jan. 2018. Disponível em: https://mareonline.com.br/arteecultura/a-tradicao-da-folia-de-reis/. Acesso em: 29 jun. 2020.

UOL Educação. Folia de Reis: de origem europeia, festa também é tradicional no Brasil. UOL Educação, [s. l.], [201-?]. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/folia-de-reis-de-origem-europeia-festa-tambem-e-tradicional-no-brasil.htm. Acesso em: 29 jun. 2020.

ARRUDA, Jerúsia. Folia de Reis. O Norte de Minas, [s. l.], 29 dez. 2006. Disponível em: https://onorte.net/cultura/folia-de-reis-1.531729. Acesso em: 29 jun. 2020.

Educa Mais Brasil. Folia de Reis. Educa mais Brasil, [s. l.], [201-?]. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/folia-de-reis. Acesso em: 29 jun. 2020.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ. Folia de Reis cantam o natal pelas ruas da cidade. Prefeitura municipal de Macaé, Macaé, 22 nov. 2013. Disponível em: http://www.macae.rj.gov.br/noticias/leitura/noticia/folias-de-reis-cantam-o-natal-pelas-ruas-da-cidade. Acesso em: 29 jun. 2020.

FUNDAÇÃO MACAÉ DE CULTURA. Macaé realiza Folia de Reis neste final de semana. Prefeitura Municipal de Macaé, Macaé, 19 nov. 2015. Disponível em: http://macae.rj.gov.br/noticias/leitura/noticia/macae-realiza-folia-de-reis-neste-final-de-semana. Acesso em: 29 jun. 2020.

FERNANDES, Adão Lopes; SOUZA, Denise Dias de Carvalho. Da Península Ibérica á colônia brasileira: a cultura do reisado numa cidade do sertão da Bahia. Revista Prolíngua, [s. l.], v. 13, n. 1, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2018v13n1.42341. Acesso em: 29 jun. 2020.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Parabéns Sociedade Musical Nova Aurora pelos seus 147 anos ! (Divulgação da Prefeitura de Macaé)





Fonte da foto: Centro de Memória IFF Macaé 
                                         
A Sociedade Musical Nova Aurora completou nesta segunda (8), 147 anos de amor à música. Fundada no ano de 1873, como Sociedade Particular de Música, ainda na Rua dos Pescadores, a construção de sua sede social só foi iniciada em 1889. Inaugurada em 1891 na atual Avenida Rui Barbosa, a Nova Aurora mantém sua estrutura até os dias atuais.
Sua fundação foi durante o Segundo Reinado. A Nova Aurora é patrimônio cultural de Macaé, tendo como primeiro presidente Manoel Guedes Júnior. Com a regência do maestro Benedito Passos (Maestro Tinho), já foi Bicampeã do Estado do Rio de Janeiro.

Atualmente é presidida pelo maestro titular e diretor artístico Hélio Rodrigues, e a Banda Sinfônica da Sociedade Musical Nova Aurora já se apresentou em várias cidades do Estado, inclusive na tradicional Sala Cecília Meirelles, e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, além de realizar concertos nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Registra-se, também, ao longo desses 147 anos de existência, participações em inúmeras festas comemorativas, desfiles cívicos, festivais, carnavais e eventos culturais no município de Macaé e em cidades circunvizinhas, além de seminários, campeonatos e encontros estaduais e nacionais de bandas de música civil.

Em 2016, o Teatro Municipal lotou ao receber a Banda Sinfônica Nova Aurora, festejando esta data tão marcante. "Em comemoração, deixo aqui meus agradecimentos, a esta querida instituição por fazer parte da minha vida, por me formar como cidadão e me tornar uma pessoa melhor a cada dia, obrigado a todos que passaram pela Nova Aurora e cuidaram de sua história - registrou, na época, o presidente e músico Hélio Rodrigues.

"Um marco do patrimônio cultural de Macaé, a Nova Aurora vem, há 147 anos, formando gerações de músicos e levando a música a milhares de corações. Premiada em diversos certames, representa Macaé com sua arte musical e o amor à sua gente.

Nova Aurora e Macaé: história

Ilustres macaenses passaram pela história da Nova Aurora, o pianista Lucas Vieira, compositor do Hino de Macaé, e Antônio Alvarez Parada, autor da letra; o flautista e compositor de mérito nacional, Benedito Lacerda; o professor Luiz Reid, entre muitos outros. Benedito, um ano antes de seu falecimento (+1958), declarou “À Nova Aurora – deixo aqui o meu coração para o resto da minha vida.”

A Sociedade Musical Nova Aurora, em tempo de pandemia pela Covid 19, registrou em suas redes sociais a importância da data, somada a um belíssimo trabalho, presenteando a todos que apreciam música de qualidade. Confira:

"Em tempo de distanciamento social, a Sociedade Musical Nova Aurora completa 147 anos de amor à música nesta segunda dia 8 de junho. Para festejarmos esta data, escolhemos a canção "Stand By Me" de Ben E. King. As gravações foram feitas de forma individual pelos musicos, entre os dias 11 e 20 de maio de 2020. Deixamos aqui os nossos agradecimentos ao oboísta Daniel Sodré, que trabalhou na edição de áudio e vídeo, ao clarinetista José Luiz, que colaborou na edição final e a todos os músicos e ao maestro Helinho Rodrigues que se dispuseram a participar deste momento. Tenhamos esperança, tudo isso vai passar e logo estaremos juntos novamente para festejar!"

Clique aqui para ver o vídeo.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

O que é a Escola?



"Escola é
... o lugar que se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente.
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede, Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade, É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo."
(Paulo Freire)
Força, pessoal! 💪🤝 Isso tudo vai passar e veremos nossa escola vibrante outra vez!
Enquanto isso...
Quem puder, fique em casa! Aqueles que não puderem, usem máscara e cuidem-se!
A gente se vê em breve! 🙏🙌


Fonte: Arquivo fotográfico Centro de Memória IFF Macaé.


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Conheça o canal do youtube Desvendando Macaé

Transmissões diárias falam sobre a história e a memória de Macaé.

Acesse por aqui !





No vídeo os responsáveis pelas lives, Rúben Pereira com Grazielle Heguedusch.

Conhecendo um pouco mais sobre Rubem Almeida, um dos entusiastas pela instalação da Escola Técnica em Macaé - Texto da Revista DVCDiversidades


Créditos:
Alle Tavares e arquivo pessoal

Rubem e família
Junto com a esposa Cirlene e o filho Rúbem, Rubem Almeida se dedica ao blog Macaé em Pauta, ativo há 9 anos.

Filho de Ruben de Almeida Pereira, o também Rubem Gonzaga de Almeida Pereira nasceu em Quissamã, em 1946, quando a localidade ainda pertencia a Macaé. Responsável por uma família de oito filhos, o Ruben pai decidiu se mudar da região de Quissamã para Macaé, em 1953, em busca de melhores oportunidades de estudos para os filhos. Foi a partir da década de 1950 que o Rubem, filho, começou a trilhar sua história com Macaé, como é hoje territorialmente.
Rubem passou boa parte da infância na Praia do Forte, na Praia da Concha e na Rua da Boa Vista (como era chamada a atual Rua Governador Roberto Silveira - que é paralela à Rua Dr. Télio Barreto). “Eu ia muito também na Ilha de Sant’Anna e na Ilha do Francês”, recorda.


Na década de 1980, Rubem Almeida foi presidente da Câmara Municipal de Vereadores
Muitas pessoas da cidade vão lembrar do Rubem Gonzaga de Almeida Pereira vereador e presidente da Câmara Municipal. Essa é uma das marcas da história dele, assim como a sua ligação com a memória da cidade, as gerações de Rubens da família, e seu grande bigode, que permanece com o mesmo corte até hoje.
Já na juventude, Rubem revelou sua veia política. Em 1963, às vésperas do golpe militar de 1964, com 16 anos, participou de uma passeata em Macaé contra o governo de João Goulart e, junto com outros jovens, foi espancado.



Rubem recebeu Francisco Dornelles em 1985, junto com as professoras Dalva Soares e Ana Maria Pinto, Nélio Nocchi e Washington de Castro
Anos mais tarde, Rubem foi eleito vereador em seu primeiro mandato, de 1977 a 1981, e no segundo mandato, de 1982 a 1985, quando foi presidente da Câmara de 1983 a 1984.
Do período no legislativo municipal, ele lembra de algumas importantes conquistas. A campanha pelos royalties é algo de que ele se orgulha de ter feito parte. No início da década de 1980, não existia uma legislação que destinava royalties às regiões onde era feita a extração do petróleo em mar. A Bacia de Campos foi fundada em 1977 e a Petrobras se instalou em Macaé no final da década de 1980.




Rubem acampou na Cinelândia, junto com outros vereadores de Macaé, em 1983, para chamar a atenção do país para a campanha dos royalties
Em 1983, Macaé iniciou uma campanha pelos royalties e chamou a atenção do Brasil inteiro quando um grupo de 15 vereadores da cidade acampou na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, por três dias. Os grandes jornais do país noticiaram e o movimento ganhou destaque. Rubem fazia parte da comissão da campanha e esteve lá. “Nós lutamos pelos royalties para 14 municípios da região, mas sem saber, travamos uma luta pelo Brasil todo”, recorda. Anos mais tarde, em 1985, foi modificado o artigo 27 da Lei 2.004 de 1953, que dispõe sobre a Política Nacional do Petróleo. Com a mudança, os royalties passaram a ser destinados também a estados e municípios onde a extração do petróleo se desse via plataforma continental.
Rubem também ajudou a facilitar o acesso ao estudo técnico na cidade, na década de 1980. Macaé não possuía escola técnica e as pessoas da cidade precisavam estudar em Campos dos Goytacazes, local mais próximo onde havia oferta desses cursos. Nessa época, a escola técnica ainda não havia se instalado em Macaé, mas o vereador contribuiu para trazer os cursos técnicos pra cidade.
Outra importante campanha lembrada por Rubem é pela Rodovia Serra Mar (que liga Casemiro de Abreu a Nova Friburgo). Também na década de 1980, a Câmara batalhou pela melhor infraestrutura da estrada que era de chão. “Era uma estrada muito ruim. Com esse movimento pró Serra Mar consegui aprovar a matéria”, pontua Rubem. A estrada foi asfaltada depois do término do mandato dele.


Os Rubens e a memória de Macaé

Parece coincidência que, além das três gerações de homens da família terem o mesmo nome, os Rubens também nutrem o mesmo interesse pelas histórias e memórias de Macaé. Ruben de Almeida Pereira, o pai de Rubem (o político), foi bibliotecário e integrante titular, assim como o filho, na Academia Macaense de Letras, criada em 1963. “Na biblioteca com meu pai, aprendi muita coisa. Depois eu casei, veio meu filho e ele foi prosseguindo com isso”, conta Rubem. Ele se casou com Cirlene Gonçalves Almeida Pereira, mais conhecida como Lelene, em 1976, e o único filho do casal nasceu em 1978. O filho de Rubem é Rúben Gonçalves Pereira, memorialista. “Meu avó publicava artigos sobre o folclore da região, ele era poeta e gostava de tratar da história de Macaé. Ele foi contemporâneo do Tonito Parada e do Godofredo Tinoco”, conta Rúben. Tonito, como era conhecido o professor e jornalista Antônio Alvarez Parada, foi um dos fundadores da Academia Macaense de Letras e Godofredo um grande incentivador.



Muito religioso, Rubem Almeida junto com a esposa e o filho, comemorou o Dia de Nossa Senhora de Fátima, na década de 1980, com padres e, Alcides Ramos e a esposa.
Rúben guarda em casa um rico acervo de documentos que ajudam a contar as histórias de Macaé. São jornais, livros, cadernos da extinta Academia, entre outros documentos. “Eu fui unindo vários documentos que ficavam na casa dos meus avós. Vovô tinha coleções de jornais antigos de Macaé, dos anos de 1869 e 1870”, fala Rúben. Rubem Gonzaga de Almeida Pereira também contribui para a preservação da história da cidade por meio do blog Macaé em Pauta, que existe há 9 anos. No blog, ele conta histórias da cidade e compartilha notícias.




O rico acervo de documentos de Rubem que ajudam a contar as histórias de Macaé. São jornais, livros, cadernos da extinta Academia, entre outros documentos

Depois de ter sofrido um AVC (acidente vascular cerebral), há 30 anos, e ter ficado com a parte esquerda do corpo paralisada, o blog surgiu para Rubem como uma excelente maneira de exercitar sua mente e ainda compartilhar o conhecimento. “Papai trabalha no blog todo dia. Ele é um leitor voraz, acompanha os jornais, ouve rádio e é muito ativo”, comenta Rúben, o filho.

Texto Leila Pinho
Edição nº 50, Julho 2019

Fonte: http://www.divercidades.com/vida/rubem-almeida

domingo, 19 de abril de 2020

terça-feira, 21 de agosto de 2018


Alicerces do que fazemos parte



As bases do que somos e seremos são e serão construídas através de experiências, lugares pelos quais passamos, modo de nos comunicarmos e expressarmos, etc. Estudantes e servidores do Instituto Federal Fluminense têm algo em comum que é concreto: a divisão do mesmo espaço para realizarem suas atividades, sendo estas em conjunto ou não. E esse espaço físico carrega uma história, assim como cada ser humano. Não apenas nasceu do solo como uma plantinha ao acaso, mas o espaço no qual compartilhamos foi conquistado com luta e muitos pedidos de macaenses que tinham em si a certeza de que uma Escola Técnica em Macaé mudaria e evoluiria não apenas a economia do município, mas a vida de milhares futuros estudantes e de toda uma população, pois esses são um dos feitos que uma educação de qualidade realiza na vida de uma pessoa.
É de suma importância não só preservação da memória no nosso Campus, mas também que saibamos um pouco de algo que faz parte da nossa construção: o que somos e ainda havemos de ser.