Créditos:
Alle Tavares e arquivo pessoal
Alle Tavares e arquivo pessoal
Filho de Ruben de Almeida Pereira, o também Rubem Gonzaga de Almeida Pereira nasceu em Quissamã, em 1946, quando a localidade ainda pertencia a Macaé. Responsável por uma família de oito filhos, o Ruben pai decidiu se mudar da região de Quissamã para Macaé, em 1953, em busca de melhores oportunidades de estudos para os filhos. Foi a partir da década de 1950 que o Rubem, filho, começou a trilhar sua história com Macaé, como é hoje territorialmente.
Rubem passou boa parte da infância na Praia do Forte, na Praia da Concha e na Rua da Boa Vista (como era chamada a atual Rua Governador Roberto Silveira - que é paralela à Rua Dr. Télio Barreto). “Eu ia muito também na Ilha de Sant’Anna e na Ilha do Francês”, recorda.
Na década de 1980, Rubem Almeida foi presidente da Câmara Municipal de Vereadores
Muitas pessoas da cidade vão lembrar do Rubem Gonzaga de Almeida Pereira vereador e presidente da Câmara Municipal. Essa é uma das marcas da história dele, assim como a sua ligação com a memória da cidade, as gerações de Rubens da família, e seu grande bigode, que permanece com o mesmo corte até hoje.
Já na juventude, Rubem revelou sua veia política. Em 1963, às vésperas do golpe militar de 1964, com 16 anos, participou de uma passeata em Macaé contra o governo de João Goulart e, junto com outros jovens, foi espancado.
Rubem recebeu Francisco Dornelles em 1985, junto com as professoras Dalva Soares e Ana Maria Pinto, Nélio Nocchi e Washington de Castro
Rubem passou boa parte da infância na Praia do Forte, na Praia da Concha e na Rua da Boa Vista (como era chamada a atual Rua Governador Roberto Silveira - que é paralela à Rua Dr. Télio Barreto). “Eu ia muito também na Ilha de Sant’Anna e na Ilha do Francês”, recorda.
Na década de 1980, Rubem Almeida foi presidente da Câmara Municipal de Vereadores
Muitas pessoas da cidade vão lembrar do Rubem Gonzaga de Almeida Pereira vereador e presidente da Câmara Municipal. Essa é uma das marcas da história dele, assim como a sua ligação com a memória da cidade, as gerações de Rubens da família, e seu grande bigode, que permanece com o mesmo corte até hoje.
Já na juventude, Rubem revelou sua veia política. Em 1963, às vésperas do golpe militar de 1964, com 16 anos, participou de uma passeata em Macaé contra o governo de João Goulart e, junto com outros jovens, foi espancado.
Rubem recebeu Francisco Dornelles em 1985, junto com as professoras Dalva Soares e Ana Maria Pinto, Nélio Nocchi e Washington de Castro
Anos mais tarde, Rubem foi eleito vereador em seu primeiro mandato, de 1977 a 1981, e no segundo mandato, de 1982 a 1985, quando foi presidente da Câmara de 1983 a 1984.
Do período no legislativo municipal, ele lembra de algumas importantes conquistas. A campanha pelos royalties é algo de que ele se orgulha de ter feito parte. No início da década de 1980, não existia uma legislação que destinava royalties às regiões onde era feita a extração do petróleo em mar. A Bacia de Campos foi fundada em 1977 e a Petrobras se instalou em Macaé no final da década de 1980.
Rubem acampou na Cinelândia, junto com outros vereadores de Macaé, em 1983, para chamar a atenção do país para a campanha dos royalties
Do período no legislativo municipal, ele lembra de algumas importantes conquistas. A campanha pelos royalties é algo de que ele se orgulha de ter feito parte. No início da década de 1980, não existia uma legislação que destinava royalties às regiões onde era feita a extração do petróleo em mar. A Bacia de Campos foi fundada em 1977 e a Petrobras se instalou em Macaé no final da década de 1980.
Rubem acampou na Cinelândia, junto com outros vereadores de Macaé, em 1983, para chamar a atenção do país para a campanha dos royalties
Em 1983, Macaé iniciou uma campanha pelos royalties e chamou a atenção do Brasil inteiro quando um grupo de 15 vereadores da cidade acampou na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, por três dias. Os grandes jornais do país noticiaram e o movimento ganhou destaque. Rubem fazia parte da comissão da campanha e esteve lá. “Nós lutamos pelos royalties para 14 municípios da região, mas sem saber, travamos uma luta pelo Brasil todo”, recorda. Anos mais tarde, em 1985, foi modificado o artigo 27 da Lei 2.004 de 1953, que dispõe sobre a Política Nacional do Petróleo. Com a mudança, os royalties passaram a ser destinados também a estados e municípios onde a extração do petróleo se desse via plataforma continental.
Rubem também ajudou a facilitar o acesso ao estudo técnico na cidade, na década de 1980. Macaé não possuía escola técnica e as pessoas da cidade precisavam estudar em Campos dos Goytacazes, local mais próximo onde havia oferta desses cursos. Nessa época, a escola técnica ainda não havia se instalado em Macaé, mas o vereador contribuiu para trazer os cursos técnicos pra cidade.
Outra importante campanha lembrada por Rubem é pela Rodovia Serra Mar (que liga Casemiro de Abreu a Nova Friburgo). Também na década de 1980, a Câmara batalhou pela melhor infraestrutura da estrada que era de chão. “Era uma estrada muito ruim. Com esse movimento pró Serra Mar consegui aprovar a matéria”, pontua Rubem. A estrada foi asfaltada depois do término do mandato dele.
Os Rubens e a memória de Macaé
Parece coincidência que, além das três gerações de homens da família terem o mesmo nome, os Rubens também nutrem o mesmo interesse pelas histórias e memórias de Macaé. Ruben de Almeida Pereira, o pai de Rubem (o político), foi bibliotecário e integrante titular, assim como o filho, na Academia Macaense de Letras, criada em 1963. “Na biblioteca com meu pai, aprendi muita coisa. Depois eu casei, veio meu filho e ele foi prosseguindo com isso”, conta Rubem. Ele se casou com Cirlene Gonçalves Almeida Pereira, mais conhecida como Lelene, em 1976, e o único filho do casal nasceu em 1978. O filho de Rubem é Rúben Gonçalves Pereira, memorialista. “Meu avó publicava artigos sobre o folclore da região, ele era poeta e gostava de tratar da história de Macaé. Ele foi contemporâneo do Tonito Parada e do Godofredo Tinoco”, conta Rúben. Tonito, como era conhecido o professor e jornalista Antônio Alvarez Parada, foi um dos fundadores da Academia Macaense de Letras e Godofredo um grande incentivador.
Muito religioso, Rubem Almeida junto com a esposa e o filho, comemorou o Dia de Nossa Senhora de Fátima, na década de 1980, com padres e, Alcides Ramos e a esposa.
Rúben guarda em casa um rico acervo de documentos que ajudam a contar as histórias de Macaé. São jornais, livros, cadernos da extinta Academia, entre outros documentos. “Eu fui unindo vários documentos que ficavam na casa dos meus avós. Vovô tinha coleções de jornais antigos de Macaé, dos anos de 1869 e 1870”, fala Rúben. Rubem Gonzaga de Almeida Pereira também contribui para a preservação da história da cidade por meio do blog Macaé em Pauta, que existe há 9 anos. No blog, ele conta histórias da cidade e compartilha notícias.
O rico acervo de documentos de Rubem que ajudam a contar as histórias de Macaé. São jornais, livros, cadernos da extinta Academia, entre outros documentos
Depois de ter sofrido um AVC (acidente vascular cerebral), há 30 anos, e ter ficado com a parte esquerda do corpo paralisada, o blog surgiu para Rubem como uma excelente maneira de exercitar sua mente e ainda compartilhar o conhecimento. “Papai trabalha no blog todo dia. Ele é um leitor voraz, acompanha os jornais, ouve rádio e é muito ativo”, comenta Rúben, o filho.
Texto Leila Pinho
Edição nº 50, Julho 2019
Fonte: http://www.divercidades.com/vida/rubem-almeida
Rubem também ajudou a facilitar o acesso ao estudo técnico na cidade, na década de 1980. Macaé não possuía escola técnica e as pessoas da cidade precisavam estudar em Campos dos Goytacazes, local mais próximo onde havia oferta desses cursos. Nessa época, a escola técnica ainda não havia se instalado em Macaé, mas o vereador contribuiu para trazer os cursos técnicos pra cidade.
Outra importante campanha lembrada por Rubem é pela Rodovia Serra Mar (que liga Casemiro de Abreu a Nova Friburgo). Também na década de 1980, a Câmara batalhou pela melhor infraestrutura da estrada que era de chão. “Era uma estrada muito ruim. Com esse movimento pró Serra Mar consegui aprovar a matéria”, pontua Rubem. A estrada foi asfaltada depois do término do mandato dele.
Os Rubens e a memória de Macaé
Parece coincidência que, além das três gerações de homens da família terem o mesmo nome, os Rubens também nutrem o mesmo interesse pelas histórias e memórias de Macaé. Ruben de Almeida Pereira, o pai de Rubem (o político), foi bibliotecário e integrante titular, assim como o filho, na Academia Macaense de Letras, criada em 1963. “Na biblioteca com meu pai, aprendi muita coisa. Depois eu casei, veio meu filho e ele foi prosseguindo com isso”, conta Rubem. Ele se casou com Cirlene Gonçalves Almeida Pereira, mais conhecida como Lelene, em 1976, e o único filho do casal nasceu em 1978. O filho de Rubem é Rúben Gonçalves Pereira, memorialista. “Meu avó publicava artigos sobre o folclore da região, ele era poeta e gostava de tratar da história de Macaé. Ele foi contemporâneo do Tonito Parada e do Godofredo Tinoco”, conta Rúben. Tonito, como era conhecido o professor e jornalista Antônio Alvarez Parada, foi um dos fundadores da Academia Macaense de Letras e Godofredo um grande incentivador.
Muito religioso, Rubem Almeida junto com a esposa e o filho, comemorou o Dia de Nossa Senhora de Fátima, na década de 1980, com padres e, Alcides Ramos e a esposa.
Rúben guarda em casa um rico acervo de documentos que ajudam a contar as histórias de Macaé. São jornais, livros, cadernos da extinta Academia, entre outros documentos. “Eu fui unindo vários documentos que ficavam na casa dos meus avós. Vovô tinha coleções de jornais antigos de Macaé, dos anos de 1869 e 1870”, fala Rúben. Rubem Gonzaga de Almeida Pereira também contribui para a preservação da história da cidade por meio do blog Macaé em Pauta, que existe há 9 anos. No blog, ele conta histórias da cidade e compartilha notícias.
O rico acervo de documentos de Rubem que ajudam a contar as histórias de Macaé. São jornais, livros, cadernos da extinta Academia, entre outros documentos
Depois de ter sofrido um AVC (acidente vascular cerebral), há 30 anos, e ter ficado com a parte esquerda do corpo paralisada, o blog surgiu para Rubem como uma excelente maneira de exercitar sua mente e ainda compartilhar o conhecimento. “Papai trabalha no blog todo dia. Ele é um leitor voraz, acompanha os jornais, ouve rádio e é muito ativo”, comenta Rúben, o filho.
Texto Leila Pinho
Edição nº 50, Julho 2019
Fonte: http://www.divercidades.com/vida/rubem-almeida
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